19/08/2008

Eis Mefistófeles!

Eu que sempre fui um covarde
e detentor de um mau caratismo,
venho hoje
através destes versos pobres
pedir perdão por ser um mefistófeles.

Longe na madrugada sombria
escondo meus pensamentos
para que não revelem sua face demoníaca.
Escorro nos becos das favelas
e bebo do líquido sifilítico da puta velha.

Sou um endemoniado,
diria alguém com uma moral decente,
mas não valho-me de conceitos alheios...
visto a roupa de um criminoso sem escrúpulos
e varo a cidade procurando vítimas para meu querer sanguinolento.

Não lembro dos rostos
- ficam somente vultos céleres e gritos roufenhos-
dos que prejudiquei com minha vocação maligna.
Sou aquele que mente, que abusa, mata.
Sou mefistófeles, o grão mestre do que há de podre.

Sinto remorso
mas peco.
Quero meu perdão!
Perdoa-me Satã, juro que não lerei mais o Evangelho
e não terei mais aquela galinha preta no quintal.

Vá tomar no cu, diria-me Zé Alcides Pinto,
com razão admito- Ele era enviado, abençoado-
possuia a marca sagrada
o signo maligno
daqueles que sabem o que escrever.

Oh! Versos imbecis,
porque mostram-se assim tão inválidos e confusos?
Meu Deus dai-me motivos para viver!
A todos que existem:
Perdão por ser um mefistófeles...

3 comentários:

Anônimo disse...

que é isso, mefistóles que nada...
eheehheheh
estou gostando dos teus posts mestre nairo!

abraco joia

Anônimo disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
portfolio disse...

Não conseguí comentar nos últimos
comento aqui: bacana.