Um sorriso ingênuo
escapado do canto de tua boca
faz-me rir e debruçar sobre este papel
como o fiz numa densa noite:
seus leves e finos lábios
crepitam com o tocar de nossas bocas
- famintas e salivantes-
que ao fim do inevitável encontro calam adormecidas.
a madrugada promete
os tecidos comprometem
assim
dois corpos cingidos na singeleza da paixão.
um conjunto de músculos lassos
um feixe de respirações exasperadas
tornam-se unos com o vibrar dos roucos gemidos.
devorar é o verbo
-a língua a sintaxe-
desta oração profana.
os deuses a muito esquecidos
assistem incrédulos o desfecho desta densa noite:
gozo...
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Um comentário:
Cara, essa foi uma pancada! Parabéns!
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